sábado, 27 de outubro de 2012

Palestra - A criação do CERN e a renovação da ciência Europeia


Palestrante: José Mariano Rebelo Pires Gago: é um físico de partículas e político português. Sua formação inicial é em Engenharia eletrotécnica, pelo Instituto Superior Técnico (Universidade Técnica de Lisboa), em 1971. Seu doutorado é em Física, pela Universidade de Paris, em 1976. Realizou diversas atividades vinculadas a instituições de pesquisa, como por exemplo, no Laboratório de Física Nuclear e de Altas Tecnologias da École Polytechnique e na Organização Europeia de Pesquisa Nuclear (CERN). Assumiu diversos cargos governamentais relacionados ao meio científico e tecnológico. Além de todas essas atividades, é professor catedrático do Instituto Superior Técnico.
Fonte: Wikipédia

Em sua palestra, o professor José Pires Gago comentou sobre como ocorreu o surgimento do Centro Europeu de Pesquisa Nuclear (CERN). As ideias para a criação do CERN aconteceram depois da II Guerra Mundial, depois que acabou a chamada “segunda guerra nuclear”. Nesta época de pós-guerra, a Europa encontrava-se destruída e era necessário reergue-la.

A situação das pesquisas científicas e ciência fundamental realizadas na Europa eram muito antiquadas em relação ao restante do mundo. Para reverter tal situação, um grupo de cientistas e políticos visionários imaginaram um laboratório de física sem aplicações militares, o que permitiria o encontro de cientistas de diversos lugares, visando construir a união europeia.

Inicialmente, a ideia de criar uma organização deste gênero partiu por um americano, Robert Oppenheimer, o qual defendia a ideia de que a Europa não poderia depender dos Estados Unidos ou da URSS para fazer ciência fundamental, logo, necessitava que toda Europa se juntasse para construir tal organização.

No final do ano de 1949 – 4 anos após o final da II Guerra mundial – durante a Conferência Europeia da Cultura, mais precisamente em Dezembro de 1949, foi feita a primeira proposição oficial da criação do laboratório por ninguém menos que o Prêmio Nobel francês Louis de Broglie. Em junho de 1950, durante a Quinta Conferência da UNESCO, em Florença - Itália, o Prêmio Nobel de Física Isidor Rabi apresentou uma proposta na qual dizia que era preciso construir um grande laboratório de ficção científica para unir as pessoas e a Europa. Um fato curioso, Niels Bohr e posicionou contra a construção deste laboratório, pois isso faria com que as pesquisas ficassem focadas na Europa.

Depois de muitas discussões, o diretor da UNESCO (Pierre Auger !!!!!) em uma reunião em dezembro de 1951 decretou a criação do laboratório: Conseil Européen pour la Recherche Nucléaire (Conselho Europeu para Pesquisa Nuclear). Dois meses mais tarde onze países assinam um acordo estabelecendo o conselho provisório. Tinha nascido o acrónimo CERN


Em julho de 1953, durante uma convenção do Conselho Europeu para Pesquisa Nuclear doze países assinaram um termo de países fundadores, sendo estes: Bélgica, Dinamarca, França, Grécia, Itália, Noruega, Holanda, República Federal da Alemanha, Reino Unido, Suécia e Jugoslávia.

Quanto ao local de construção do grande laboratório, a escolha pela Suíça deu-se devido ela possuir uma das melhores reservas técnicas pós-guerra. Mesmo com seu inicio em terras suíças, o CERN foi estendido para a área francesa. Em seus primeiros anos de construção, baseou-se em inovações por Prêmios Nobeis, contando também os melhores engenheiros e técnicos da Europa.

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